A Liga Portugal e o Sindicato de Jogadores encontram-se a negociar um novo Contrato Coletivo de Trabalho. O documento prevê, acima de tudo, uma adequação à atual conjuntura económico-financeira do país.
Nele, por exemplo, estão revistos em baixa os salários mínimo a praticar em cada um dos escalões nacionais.
A partir de agora, e com uma duração prevista de duas temporadas, os futebolistas de cada divisão terão os valores do salário mínimo cifrados nas seguintes quantias:
I Liga: 1455 euros (valor mantém-se);
II Liga: 848,75 euros (1212, 50€ era o valor anterior);
II Divisão: 727,50 euros (950€)
III Divisão: 606,25 euros (727,50€).
O anúncio foi feito em conferência de imprensa por Mário Figueiredo e Joaquim Evangelista, presidentes da Liga e do Sindicato, respetivamente, em conferência de imprensa.
Apesar desta redução substancial nos salários mínimos, as instituições recusam qualquer «paralelismo com a troika». «Este acordo é excecional. Vigorará para os contratos assinados a partir de agora e estará ativo por duas épocas. Ninguém vê goradas as expetativas. Nenhum atleta com contrato já em vigor vai ser penalizado», referiu Joaquim Evangelista.
Mário Figueiredo afinou pelo mesmo tom. «Esta é uma solução e que ajuda a permitir a sustentabilidade dos clubes, mormente os da II Liga que revelam um défice de tesouraria acumulado, por causa também do grande peso salarial».