sexta-feira, 19 de outubro de 2012

FC Porto detém apenas 55% do passe de James


JOGADOR - % DO PASSE

Danilo - 100 por cento
Alex Sandro - 100 por cento
Otamendi - 100 por cento
Maicon - 100 por cento
Rolando - 85 por cento
João Moutinho - 85 por cento
Fernando - 80 por cento
Kelvin - 75 por cento
Kléber - 70 por cento
Souza - 70 por cento
Defour - 56,7 por cento
Mangala - 56,7 por cento
James Rodriguez - 55 por cento
Iturbe - 45 por cento

Falcão rendeu apenas 20,1 Milhões de Euros à SAD portista


A análise ao relatório e contas da F.C. Porto SAD permite perceber alguns aspetos curiosos: permite perceber por exemplo quanto se pagou em comissões a empresários, qual foi o saldo da venda de parte dos passes a fundos de investimento ou quais foram as remunerações da administração. 

Antes de mais, Cristián Rodriguez. Numa altura em que já estava afastado do plantel, e naquela que terá sido a última parcela de uma aquisição dividida em várias tranches, o F.C. Porto teve de pagar no período terminado a 30 de Junho de 2012 ainda 2,52 milhões de euros à Play International BV.

Mas há mais: a renovação e posterior venda de Falcao ao At. Madrid, por exemplo, custou mais de 6,8 milhões de euros em comissões a empresários, divididos entre três agências. O colombiano, já se sabia, foi vendido por 40 milhões de euros, dos quais apenas 20,1 entraram nos cofres portistas.

Refira-se já agora que o F.C. Porto contratualizou um total de 18 milhões de euros de pagamento a empresários, divididos entre 11,09 milhões de euros de comissões relativas a contratações e renegociações de contratos e 6,84 milhões de euros com comissões relativas à vendas de atletas.

Para além de Falcao, destacam-se na rubrica referente a pagamentos de comissões a empresários os gastos com as contratações de Danilo (4,83 milhões de euros), Defour (1,85 milhões), Mangala (1,02 milhões), Alex Sandro (700 mil euros), Kléber (665 mil) e Marc Janko (271 mil euros).

Por falar em contratações, importa dizer que o F.C. Porto contratualizou na última época aquisições que perfazem um total de 56,7 milhões de euros, sendo que este valor é total: inclui a soma do valor de aquisição do passe, o prémio de assinatura e o pagamento de comissões a empresários.

Danilo, já se sabia, foi o mais caro: 17,8 milhões de euros no total por cem por cento do passe. Segue-se Alex Sandro (10,3 milhões por cem por cento do passe), Defour (7,8 milhões por 90 por cento), Mangala (7,5 milhões por 90 por cento) e Kléber (4,2 milhões por 70 por cento do passe).

João Moutinho, Fucile e... Vieirinha

João Moutinho rendeu na última época uma perda de 1,52 milhões de euros: o clube vendeu 37,5 por cento do passe a um fundo de investimento por 4,12 milhões de euros, tendo adquirido depois 22,5 por cento por um montante que percentualmente representou uma perda de 1,52 milhões.

O mesmo se passou, de resto, com Fucile. O F.C. Porto vendeu 25 por cento do passe ao Soccer Invest Fund, detido pela empresa MNF Gestão de Activos, por 500 mil euros, tendo posteriormente comprado 20 por cento da parcela do passe anteriormente vendida por um milhão de euros.

Em contrapartida, Vieirinha em garante rendimentos ao F.C. Porto. O extremo vendido ao PAOK garantiu durante o exercício finalizado em 30 de Junho um valor superior a um milhão de euros, relativo à venda ao Wolfsburgo de 35 por cento do passe que a SAD portista ainda detinha do atleta.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A Gestão de Pinto da Costa não é má... é muito má.


A SAD portista comunicou à CMVM um prejuízo de 35,734 milhões de euros nas contas consolidadas de 2011/12. Os resultados ainda não englobam as transferências de Alvaro Pereira para o Inter por 10 milhões de euros e de Hulk rumo ao Zenit por 40 milhões, "concretizadas após o fecho do exercício".

O passivo global, situado nos 223,3 milhões de euros, "aumenta 21,326 milhões com maior peso na componente corrente", segundo o comunicado da entidade portista, no qual se acrescenta que "o Conselho de Administração está a estudar a realização de uma operação financeira para a reestruturação desse passivo de forma a assentar uma parte significativa da sua dívida no longo prazo".

Os capitais próprios são negativos (10,150 milhões a 30 de Junho), embora a SAD antecipe apresentar de novo capitais positivos "no final do primeiro trimestre de 2012/13".

Com cash-flow operacional positivo (12,223 milhões, algo que "permite à sociedade capacidade de auto-financiamento"), a SAD regista diminuição de proveitos operacionais em 17,630 milhões, excluindo proveitos de transacções de passes de jogadores, e explica a situação: "No exercício anterior foi aqui incluído o valor da resolução sem justa causa do contrato de trabalho do treinador André Villas-Boas, no valor de 15 milhões."

Mesmo assim, o documento salienta que "a sociedade continua dentro do valor recomendado pela UEFA (70%) para o rácio salários vs proveitos operacionais excluindo resultados com passes de jogadores".

O activo total líquido "diminui 14,596 milhões" em relação ao exercício anterior, enquanto o crescimento do valor líquido contabilístico do plantel se situa nos 9,481 milhões. Pela primeira vez, "desde 2005/06", há "resultados relacionados com passes de jogadores negativos". Porquê? "Devido ao aumento das amortizações e perdas de imparidade e à diminuição dos resultados com transacções de passes de jogadores." Deste modo, os resultados financeiros "agravam-se em 2,767 milhões, decorrentes de maiores taxas de financiamento bancário".

Em simultâneo, a SAD regista diminuição nos custos com pessoal - passa de 50,065 milhões para 49,595 milhões -, na receita de bilheteira (de 11,643 milhões em 2010/11 para 10,631 milhões em 2011/12), nas provas da UEFA (de 18,349 milhões para 14,199 milhões), no merchandising (de 3,219 milhões para 3,166 milhões) e nas receitas de publicidade e sponsorização (de 14,345 milhões para 13,242 milhões).