A SAD portista comunicou à CMVM um prejuízo de 35,734 milhões de euros nas contas consolidadas de 2011/12. Os resultados ainda não englobam as transferências de Alvaro Pereira para o Inter por 10 milhões de euros e de Hulk rumo ao Zenit por 40 milhões, "concretizadas após o fecho do exercício".
O passivo global, situado nos 223,3 milhões de euros, "aumenta 21,326 milhões com maior peso na componente corrente", segundo o comunicado da entidade portista, no qual se acrescenta que "o Conselho de Administração está a estudar a realização de uma operação financeira para a reestruturação desse passivo de forma a assentar uma parte significativa da sua dívida no longo prazo".
Os capitais próprios são negativos (10,150 milhões a 30 de Junho), embora a SAD antecipe apresentar de novo capitais positivos "no final do primeiro trimestre de 2012/13".
Com cash-flow operacional positivo (12,223 milhões, algo que "permite à sociedade capacidade de auto-financiamento"), a SAD regista diminuição de proveitos operacionais em 17,630 milhões, excluindo proveitos de transacções de passes de jogadores, e explica a situação: "No exercício anterior foi aqui incluído o valor da resolução sem justa causa do contrato de trabalho do treinador André Villas-Boas, no valor de 15 milhões."
Mesmo assim, o documento salienta que "a sociedade continua dentro do valor recomendado pela UEFA (70%) para o rácio salários vs proveitos operacionais excluindo resultados com passes de jogadores".
O activo total líquido "diminui 14,596 milhões" em relação ao exercício anterior, enquanto o crescimento do valor líquido contabilístico do plantel se situa nos 9,481 milhões. Pela primeira vez, "desde 2005/06", há "resultados relacionados com passes de jogadores negativos". Porquê? "Devido ao aumento das amortizações e perdas de imparidade e à diminuição dos resultados com transacções de passes de jogadores." Deste modo, os resultados financeiros "agravam-se em 2,767 milhões, decorrentes de maiores taxas de financiamento bancário".
Em simultâneo, a SAD regista diminuição nos custos com pessoal - passa de 50,065 milhões para 49,595 milhões -, na receita de bilheteira (de 11,643 milhões em 2010/11 para 10,631 milhões em 2011/12), nas provas da UEFA (de 18,349 milhões para 14,199 milhões), no merchandising (de 3,219 milhões para 3,166 milhões) e nas receitas de publicidade e sponsorização (de 14,345 milhões para 13,242 milhões).
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